domingo, 30 de outubro de 2011

Foca-Monge-do-Mediterrâneo


A foca-monge-do-mediterrâneo  (Monachus monachus), é também conhecida por lobo-marinho e é provavelmente o membro da família das focas em mais risco de vias de extinção. Inicialmente, a população de focas-monge era bastante numerosa, distribuindo-se por todo o mediterrâneo, e por algumas zonas atlânticas, costeiras ou insulares, hoje estima-se que haja somente em torno de 400 indivíduos restantes desse mamífero marinho. A foca-monge constitui um dos géneros da família dos focidas. A foca-monge-do-havai (Monachus schauinslandi), e a foca-monge-do-caribe (Monachus tropicalis), foram consideradas extintas, e, por último, a foca-monge-do-mediterrâneo (Monachus monachus).

Este é um animal robusto que pode atingir os 400 quilos e os 4 metros, no caso dos machos. As fêmeas são sempre mais pequenas podendo atingir até 2,30 metros. Apresenta uma coloração castanha-acinzentada, sendo que, nas partes inferiores, apresentam manchas mais claras de cor amarelada e esbranquiçada. Quanto mais velhas se tornam, mais clara é a sua tonalidade, chegando a atingir a cor prateada. Quando submerge, as suas narinas paralelas fecham-se, impedindo, desta forma, a entrada de água para os canais respiratórios. Debaixo de água, servem-se dos olhos para se guiarem, mas também dos seus longos bigodes, órgãos do tacto extremamente sensíveis às mudanças de pressão. Embora efectue a maior parte da sua actividade no mar, a foca depende da terra para repousar, fazendo-o essencialmente em praias escondidas no interior de grutas.

Alimenta-se de animais que captura na água, como polvos e peixes de tamanho considerável. Ainda assim, além de predadores, são também presas de outros predadores maiores como a orca e os tubarões. Porém, dado que estes animais não costumam aproximar-se das zonas costeiras, constituem ameaças muito pontuais.

Nas épocas de criação, as fêmeas tornam-se muito zelosas das crias, tentando sempre afastá-las do Homem, podendo ter reacções imprevistas e agressivas. Não possuem uma época própria para os nascimentos, embora se verifique uma maior concentração destes nos períodos entre Outubro e Novembro. Estes animais podem viver cerca de 20 ou 30 anos no seu estado selvagem. 


Ao longo dos tempos a foca-monge tem sofrido processos de adaptação ao meio que a rodeia, tendo sido o convívio com o homem que se manifestou o mais nocivo na continuidade da espécie. De tal modo o seu desaparecimento foi uma preocupação e, posteriormente, foram necessárias medidas de protecção deste animal. Contudo a dependência que o homem tem dos outros seres vivos, e a constante sensibilização para a preservação daquilo que poderia, um dia, deixar de existir, manifestou-se em momentos de aprendizagem e de aceitação da amplitude e importância da Natureza.





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